Nos dez primeiros meses do primeiro ano do mandato da presidente Dilma, seis de seus ministros entregaram o cargo. Apenas Nelson Jobim não estava envolvido em denúncias de corrupção. Relembre os casos:
1. A saída de Antonio Palocci (07/julho)
Foi o primeiro ministro a cair no governo Dilma Rousseff. Já havia sido obrigado a sair do ministério do governo Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, após envolvimento no episódio do caseiro Francenildo. Sua saída começou a se desenhar quando o jornal ‘Folha de S.Paulo’ denunciou, no dia 15 de maio, que seu patrimônio aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010.
2.Alfredo Nascimento pede demissão (06/julho)
Começou a perder o cargo quamdo a revista ‘VEJA’ denunciou, no dia 1 de julho, um esquema para cobrança de propina na pasta e em orgãos ligados à pasta, como o Departamento Nacional de Transportes e a Valec, estatal que administra as ferrovias. Nascimento, que havia sido ministro dos Transportes nos dois mandatos de Lula, pediu demissão no dia 6 de julho.
3. A saída de Nelson Jobim (04/Agosto)
Ministro desde 2007, continuava no cargo a pedido do ex-presidente Lula.
Mostrou-se pouco à vontade no governo Dilma, tendo dado uma série de declarações polêmicas. Em 30 de junho, em festa pelos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, disse ser obrigado a conviver com idiotas no governo.
No final de julho, Jobim afirmou ter votado no tucano José Serra em 2010. Agora, em entrevista à Revista Piauí, classificou a ministra Ideli Salvatti como ‘fraquinha’ e afirmou que sua colega Gleisi Hoffmann não conhece Brasília.
4. A Queda de Wagner Rossi (17/Agosto)
Não suportou a pressão após diversas denúncias de corrupção na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), entre elas o pagamento de propinas em troca de contratos e favorecimento em campanhas eleitorais.
A denúncia mais recente aponta que Rossi teria viajado em jatinho de empresa favorecida pelo ministro
5. Pedro Novais pede Demissão (14/Setembro)
Entregou o cargo após denúncia do jornal ‘Folha de S.Paulo’ de que teria usado dinheiro da Câmara para pagar o salário da governanta de seu apartamento em Brasília.
Novais também estava envolvido em outros escândalos. Dias antes da posse como ministro, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que Pedro Novais, então deputado federal, pediu ressarcimento de R$ 2.156 à Câmara por despesas em um motel de São Luiz (MA). Novais incluiu a nota fiscal na prestação de contas da verba indenizatória. Em agosto, ele teve seu nome envolvido em nova polêmica. O Secretário executivo do ministério, Frederico Costa, foi preso durante Operação Voucher, da PF, suspeito de liberação de verbas públicas para ONG Ibrasi.
6. A saída de Orlando Silva (26/Outubro)
O ministro do Esporte Orlando Silva deixou o cargo após sucessivas denúncias de fraudes em convênios do ministério. Já em fevereiro deste ano, o ‘Estado’ revelou irregularidades no Programa Segundo Tempo, que teria se transformado em instrumento financeiro do partido de Orlando, o PC do B.
Em outubro, novas denúncias colocaram Orlando Silva como responsável por um suposto esquema de desvios de dinheiro e cobrança de propina.
Orlando negou as acusações e por 3 vezes prestou esclarecimentos no Congresso. Diante da repercussão negativa para o ministério, responsável pela organização da Copa de 2014, a presidente Dilma decidiu não mantê-lo na pasta.
A informação de sua saída foi confirmada na quarta-feira, 26.
Fonte: O Estadão